10/10/11
Melhores momentos do FLIV 2011
Confira a repercussão do FLIV 2011 em imagens, números e resultados. Baixe aqui!
10/10/11
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17/06/11
Cerca de 3 mil crianças, com idades entre 0 e 5 anos, matriculadas na rede municipal, recebem, nesta semana, Kit’s da Coleção de Livros Infantis da Fundação Itaú Social. A entrega faz parte das ações de estímulo à leitura iniciadas neste ano através do Festival Literário de Votuporanga, realizado em abril.
No total, 15 escolas serão contempladas com os livros e sessões de contação de histórias em parceria com os atores Gabriela de Carvalho, Edmar da Costa e Cleber da Silva Neves.
Como parte do programa de incentivo à leitura, outros quatro mil alunos, com idades entre 6 e 14 anos, receberam durante o FLIV, o cheque-livro – um cheque simbólico no valor de R$ 10 para aquisição de livros dentro da livraria do Festival.
A Coleção
Desde outubro de 2010, o Itaú está distribuindo gratuitamente 16 milhões de livros, porque acredita que incentivar o gosto pela leitura é um bom caminho para o desenvolvimento completo das crianças e fundamental para o crescimento do país.
A Coleção Itaú de Livros Infantis é formada por quatro volumes - O Jogo da Parlenda, Os três Porquinhos, Lobisomem e Bem-te-vi, e é destinada gratuitamente através do site www.lerfazcrescer.com.br.
06/05/11
Por Ignácio de Loyola Brandão - no Estadão de hoje.
Votuporanga — O longo trem de carga da ALL estava parado no pátio da estação. Eu na plataforma raciocinava como ir para o lado de lá. A única possibilidade era atravessar por baixo do trem, entre os truques. As imensas locomotivas imóveis, de tempos em tempos, soltavam um silvo agudo de ar comprimido, atemorizante. Não tinha jeito, precisava atravessar, portanto me abaixei, rastejei por cima dos trilhos, dos dormentes e das pedras, não vi uma haste de ferro, bati a cabeça, fiquei zonzo, continuei. Se o trem partisse naquele momento, eu teria sido esmagado.
No lado de lá, encontrei a casa de meu tio José e mergulhei naqueles anos entre 1957 e 1960, quando passava as férias ali, levando de Sâo Paulo livros e revistas, que não chegavam ao interior, e discos com os sucessos mais recentes europeus e americanos como o Chá-chá-chá, o twist, o hully-gully e o let kiss. Quem se lembra? Ensinava tios, primos e amigos a jogar buraco (truco já se jogava), comia comida caseira, frangos criados no quintal, leitoas trazidas de sitios, queijo produzido por alguma vizinha. Nâo existia supermercado, tudo era buscado na venda, na quitanda, nas hortas. Às tardes escorriam lentas, curtíamos os lanches com manteiga caseira, pães doces, café produzido no local, leite tirado da vaca, bolachas. A casa do chefe era separada das outras, rodeada por árvores, ainda que todas fossem de primeira categoria, tanto que todas estão de pé e em boas condições até hoje.
Trens passavam, rompendo o silêncio absoluto. Na estação, olhávamos as pessoas, sentíamos o cheiro das comidas do carro restaurante, da bosta de gado das gaiolas, ou dos sacos de café que demandavam Santos. O Noturno excitava, nós os homens percorríamos, a plataforma junto aos vagões leitos, tentando ver se havia uma janela aberta e alguma mulher nua se trocando. Nunca havia.
Em Votuporanga houve tardes de jogos entre a Ferroviária e a Votuporanguense; as festas pelo prolongamento da via férrea até Presidente Vargas, que hoje desapareceu engolida pelas águas de uma hidrelétrica;. a amizade com o jornalista Nelson Camargo (fundador do Diário de Votuporanga) e sua filha, a bela Cláudia, extrovertida, inteligente. Tinha tudo para ser grande, não fosse o acidente de carro que a levou nos anos 80. Tanto era estimada que, hoje, a sala de imprensa da Câmara Municipal tem o nome dela e lá está seu retrato, vigiando os vereadores com aquele riso que desarmava.
Não havia televisão, apenas rádio. Uma noite ou outra, a pé, se perdíamos a jardineira, partíamos para a cidade, que era longe, e pegávamos a sessão no Cine Votuporanga, hoje desativado, mas há um projeto para reativá-lo. A vida corria lenta, Votuporanga era fim de mundo, mas um pequeno paraíso.
Criança, meus pais me levavam, às vezes, à Simonsen, vila diminuta. O trem não parava ali, éramos obrigados a descer na estação seguinte, Votuporanga, e voltar de jardineira. Viver em Simonsen era uma festa, meus tios Benedito e Quita tinham máquina de beneficiar arroz. Esporte radical era a montanha de palha de arroz, sequinha amarelada, na qual nos atirávamos, imaginando que fosse neve. Votuporanga então tinha ruas de terra batida e muita poeira. Parte de minha infância foi vivida em cidades pioneiras, recém-fundadas, encravadas em sertão bruto.
Outra ligação com a cidade foi Geraldo Alves Machado, professor que agora dá nome à biblioteca municipal da cidade. Se alguém abrir meu romance Nâo Verás País Nenhum verá a dedicatória: “A Geraldo que não chegou a ver dedicatória deste livro”. Uma semana antes do livro sair, Geraldo morreu. Foi professor de português e de desenho, homem criativo, alegre, amado pelos alunos. Foi dessas pessoas raras que gostam de cada aluno e olham dentro deles, buscando qualidades. Geraldo fez teatro, seu grupo se apresentou em Sâo Paulo e ganhou prêmios. Naqueles anos 60, as pessoas perguntavam: “Votuporanga? Onde é?” De repente recebiam o impacto de um grupo teatral original. Há pessoas que são determinantes na vida e Geraldo foi na minha. Parente meu, lia, lia, lia, sabia como ninguém a história da arte, e insistia: “vai embora, teu lugar é Sâo Paulo, vai embora!”
Vim à Votuporanga, há quinze dias, para abrir o primeiro FLIV, Festival Literário de Votuporanga, maravilha, uma festa de livros a mais, benvinda seja, tenha vida longa. O festival nasceu da determinação do prefeito Junior Marão e da Secretaria de Educação, Cultura e Turismo Eliana Baltazar Godoi. Semana compacta, com Caravana de Livros, Espaço Clube dos Autores (que estruturou o projeto, misturando bem os escritores), bandas, saraus e shows, projeto Ecotudo, meio ambiente hoje é fundamental. Pelo palco do Salão da Paróquia de Santa Luzia (até o vigário entrou, apoiou) passaram, entre outros, Lourenço Mutarelli, Fabricio Carpinejar e Katia Canton. Almir Sater fechou a semana no dia primeiro de maio com um show que atraiu trabalhadores de toda a região. No ano que vem, o segundo FLIV será numa estrutura construida no meio de um lago. Com muitos livros. Sim, indo lá, passe pelo Filó, e deguste a maciez da costela servida na própria panela onde é feita em fogo de lenha.
Como pode uma cidade provocar um turbilhão de sensações? Fiquei nela apenas 24 horas e fui envolvido por pessoas, lembranças, fatos que mexeram comigo. Subir ao palco da Casa Paroquial Santa Luzia, para abrir o FLIV, significou mais do que um simples acontecimento literário. Envolveu vida, sentimentos, lembranças, demonstração de que as coisas vão e voltam, há caminhos que parecem acabados e são reencontrados de novo. Como nesses jogos em que você avança casas, recua casas, fica parado, pula obstáculos, ganha e perde.
PS: Indignado, penso: Como aceitar a frieza e indiferença com que o senhor Joâo Sayad demitiu o maestro Julio Medaglia da Cultura? Sem razão, sem argumentos. Demitiu em um minuto.
05/05/11
O primeiro Festival Literário de Votuporanga foi um sucesso. De 25 de abril a 1 maio, Votuporanga se tornou a capital da literatura. Grandes nomes da literatura nacional, como Ignácio Loyola Brandão, Kátia Canton, Fabrício Carpinejar, Maurício Kubrusly, entre outros, passaram pelo pavilhão da Praça Santa Luzia durante os dias de festival, que ainda teve uma programação diversificada, com projetos literários nas escolas, oficinas, mesas de debate, contação de história, troca e venda de livros a preços acessíveis. Além da literatura, o FLIV também ficou marcado pela música e dança, com destaque para Fernanda Porto e Almir Sater.
A participação da população surpreendeu a todos, afinal foram aproximadamente 20 mil pessoas que passaram pelo festival. No mundo virtual não foi diferente, já que as palestras e bate papos foram exibidos ao vivo pela rede. Somente em um dia, mais de 40 mil pessoas acompanharam o FLIV pela internet. Foram mais de 7 mil livros vendidos. Em virtude desse sucesso, o festival terá sua segunda edição no ano que vem.
“Definitivamente, o FLIV entrou para o calendário de Votuporanga. Esperamos que a cada ano seja melhor e as pessoas possam cada vez mais se deliciar com o universo da literatura e da leitura”, finalizou Eliane Godoi, secretária da Educação, Cultura e Turismo.
04/05/11
A Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), aproveitou o Festival Literário de Votuporanga para divulgar o artesanato regional e o trabalho do artesão, promovendo assim, como forma de promover a arte. Na oportunidade, foram expostos e comercializados trabalhos artesanais feitos pelos artesãos de todo estado de SP, cadastrados na autarquia, inclusive cerca de 40 profissionais de Votuporanga que expuseram e comercializaram cerca de 100 peças.
Segundo, Heloisa Dora Costa, responsável pela comercialização da entidade, o resultado foi super positivo, sendo que mais da metade das peças foram vendidas. No espaço, durante o FLIV, também foi feita uma oficina artesanal, com o uso de garrafas pets. Os trabalhos comercializados foram desde objetos de decoração, até utilitários de uso pessoal e custavam a partir de R$ 1 real.
04/05/11
Clube de Autores comemorou o sucesso do 1º Festival Literário de Votuporanga e encerrou a sua participação no evento com a presença do jornalista
São Paulo, abril de 2011 – A presença do jornalista Maurício Kubrusly marcou o encerramento da programação do Espaço Clube de Autores na noite de ontem (01), no Fliv – 1º Festival Literário de Votuporanga.
Autor do livro “Me leva Brasil”, obra que reúne as experiências do jornalista durante as reportagens realizadas para o quadro do programa “Fantástico” que leva o mesmo nome, Kubrusly contou como surgiu o interesse de percorrer o Brasil registrando as mais inusitadas histórias. Mostrou vídeos das reportagens para o público, que lotou o Espaço Clube de Autores, e se divertiu com os casos engraçados dos personagens. Ao final, Kubrusly foi aplaudido de pé.
Durante os sete dias do festival, mais de 2.000 pessoas passaram pelo Espaço Clube de Autores e mais de 40 mil pessoas acompanharam as apresentações através das páginas do Clube de Autores no Twitter, Facebook e Livestream.
O Espaço Clube de Autores recebeu nomes importantes da literatura e da poesia contemporânea, dentre eles: Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Roberto Guedes, Lourenço Mutarelli, Frederico Barbosa, Ricardo Aleixo, Fabrício Carpinejar, Estrela Leminski, Ana Rüsche, Andréa Catropa e Katia Canton.
“Ficamos muito felizes em conseguir reunir nomes tão importantes da literatura em um único evento. Foi uma honra contribuir para trazer à cidade de Votuporanga o que há de melhor na literatura nacional”, declara Indio Brasileiro Guerra Neto, presidente do grupo IB.
Ricardo Almeida, diretor geral do Clube de Autores afirma que as expectativas foram todas superadas e que a cidade correspondeu à altura diante de um evento tão formidável. “Saímos com a sensação de missão cumprida”, ressalta Almeida.
Sobre o Clube de Autores
O Clube de Autores é o primeiro site brasileiro que possibilita ao escritor publicar sua obra sem tiragem mínima - sob demanda - e sem nenhum tipo de custo. Fruto da união de Indio Brasileira Guerra Neto e Ricardo Almeida, sócios do I-Group, empresa especializada em planejamento estratégico digital e de Anderson de Andrade, presidente da A2C, empresa de tecnologia e design digital, o site inovou o segmento de editoração de livros. Preste a completar 2 anos no mercado editorial, o Clube de Autores possui mais de 7 mil autores, um acervo de aproximadamente 7.500 títulos e já vendeu cerca de 80 mil exemplares. Líder no segmento o site já é a maior livraria de ebooks independentes do Brasil, com mais de 1900 títulos no formato digital.
Fonte: OCA Comunicação
04/05/11
Na primeira noite do Fliv, o escritor Ignácio de Loyola Brandão hipnotizou com suas histórias uma platéia de mais de 400 pessoas.
Foram mais de duas horas de conversa. Estatelados em seus assentos, os ouvintes acompanhavam a voz do narrador que expunha com simplicidade as histórias de sua vida, os fatos que o levaram a se tornar um escritor, alegrias e tristezas e sempre muita imaginação. Loyola chamou a atenção para a importância que certos professores tiveram em sua formação, lembrando que, muito mais que avaliar seus alunos, eles devem estar atentos para ouvi-los e ajudá-los a despertar seus potenciais. Lembrou também momentos que, em sua juventude, passou pela cidade de Votuporanga, personagens reais e imaginários. Ao final foi aplaudido de pé e saudado com entusiasmo pelos presentes.
“Imaginar e fantasiar”, ele pediu ao público.
Texto:Leonardo Gonçalves
01/05/11
No último dia de festival, o jornalista Maurício Kubrusly trouxe sua bagagem cheia de história onde pode compartilhar de sua expreriência, baseada no quadro do Fantástico, "Me leva Brasil". O jornalista bateu um papo descontraido com os cerca de 400 espectadores que estiveram presentes e mostrou alguns vídeos gavados ao longo de sua trajetória.
Maurício elogiou muito o festival e afirmou que não pensou duas vezes ao receber o convite, principalmente para se divulgar a pratica da leitura. "Quem nunca leu, não sabe o que está perdendo, concluiu". O jornalista que não conhecia Votuporanga, disse que ficou encantado com a igreja da Praça Matriz.
01/05/11
A penúltima noite do FLIV foi marcada pela os espetáculos de dança. As pessoas conferiram a apresentação da Cia Cortocinesis (Bogotá/Colômbia) e também apresentação de dança de salão.
30/04/11
Hoje a partir das 17:30 no FLIV, vai rolar a palestra e bate papo com a escritora Kátia Canton, sobre sua obra e oficina “Arte e Texto”, no Espaço Clube de Autores do FLIV.